Análise da volatilidade e efeito contágio dos países da América Latina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/riae.v19i4.14457

Palavras-chave:

Volatilidade, Co-movimentos, Efeito contágio.

Resumo

Objetivo do Trabalho: A volatilidade consiste em uma preocupação para investidores e acadêmicos, ambos tentando entender e prever, de forma lógica, a dispersão de retornos para um determinado índice de segurança ou mercado, mas esses movimentos têm mostrado uma influência irregular, complexa e cada vez menor de fatores individuais. Assim, o objetivo da pesquisa é investigar a volatilidade dos retornos e verificar os co-movimentos e o efeito contágio dos países da América Latina.
Metodologia: A amostra compreende dados diários de janeiro de 2002 a dezembro de 2016 para medir a volatilidade das bolsas de valores de países da América Latina, utilizando-se um modelo de regressão automática com modelos de heterocedasticidade condicional, ARCH/GARCH. Para verificar os efeitos do contágio nas bolsas de valores, utilizou-se modelos de volatilidade e modelos de regressão automática vetorial (VAR).
Originalidade: O impacto e o comportamento da volatilidade nos mercados tem sido uma grande preocupação para pesquisadores e profissionais em relação à disseminação dos retornos. Um melhor entendimento do contágio nos mercados emergentes, especificamente os mercados latino-americanos, pode se apresentar como uma oportunidade de diversificação para os investidores e um conjunto de regras a serem implementadas, para melhorar as regulamentações nesses mercados.
Principais Resultados: Os resultados indicam evidências de um efeito contágio em todos os países, com dois fatos relevantes, o primeiro é a influência da bolsa brasileira em todos os outros países da amostra e, o outro, é a baixa representatividade dos fatores endógenos para explicar o comportamento de volatilidade da bolsa de valores do México. Os resultados também demonstraram que, durante o período de maior volatilidade, a crise subprime, as correlações apresentaram maior volatilidade entre os demais períodos, identificando que os benefícios da diversificação diminuem durante períodos mais voláteis. A partir disso, foi possível constatar que a bolsa brasileira tem grande influência na Argentina, mas a mesma influência não é observada quando se analisa a força da bolsa de valores argentina, sobre o mercado acionário brasileiro.
Contribuições Teóricas: Melhor entendimento da volatilidade e dos efeitos ondulantes entre os mercados latino-americanos, assim como sua relevância para investidores e formuladores de políticas, no que diz respeito ao fluxo de investimentos e à aplicação de regulamentos. Além disso, fornecemos evidências de que, durante o período de maior volatilidade, os benefícios de diversificação diminuem, sendo observado o efeito de contágio em todos os países, com dois fatos relevantes, o primeiro é a influência da bolsa de valores brasileira em todos os outros países da amostra e, o segundo, a baixa representatividade de fatores endógenos para explicar o comportamento da volatilidade da bolsa de valores do México.

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Biografia do Autor

Guilherme Freitas Cardoso, Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Mestre, Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Guilherme Santos Souza, Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Mestre, Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Luciano Ferreira Carvalho, Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Doutor, Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Karem Cristina de Sousa Ribeiro, Universidade Federal de Uberlândia – UFU

Doutora, Universidade Federal de Uberlândia – UFU

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Publicado

23.12.2020

Como Citar

Cardoso, G. F., Souza, G. S., Carvalho, L. F., & Ribeiro, K. C. de S. (2020). Análise da volatilidade e efeito contágio dos países da América Latina. Revista Ibero-Americana De Estratégia, 19(4), 41–57. https://doi.org/10.5585/riae.v19i4.14457

Edição

Seção

Artigos