A trajetória de uma organização social para a ciência e tecnologia na construção da maior e mais complexa infraestrutura científica do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5585/iptec.v12i1.25029Palavras-chave:
Sirius, Organizações Sociais para a Ciência e Tecnologia, Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM)Resumo
Este artigo analisa o modelo das Organizações Sociais (OS) especificamente no desenvolvimento do Sirius, a nova fonte de luz síncrotron brasileira. Buscou-se entender se o modelo de governança das OS facilitaria a concretização de grandes projetos científicos no Brasil. A pesquisa baseia-se em entrevistas com representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), responsável pelo projeto Sirius. O estudo revela a necessidade de flexibilidade e agilidade na tomada de decisões, contratações e aquisições, ressalta a missão nos resultados e a preocupação com a atividade-fim e a importância do planejamento cuidadoso para garantir a sustentabilidade operacional. Como conclusão, o modelo de OS oferece uma estrutura viável para o desenvolvimento de grandes projetos científicos no Brasil, mas requer uma abordagem estratégica e resiliente para superar os desafios inerentes ao seu funcionamento.
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