Práticas estratégicas de orçamentação e faturamento na administração pública: um estudo de caso na Marinha do Brasil

Autores

  • Denise de Almeida Pereira Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
  • Fernanda Filgueiras Sauerbronn Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
  • Ana Carolina Pimentel Duarte da Fonseca Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
  • Marcelo Alvaro da Silva Macedo Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.5585/ijsm.v15i2.2302

Palavras-chave:

Contabilidade, Gestão Pública, Prática Estratégica, Orçamentação, Faturamento.

Resumo

Nas organizações públicas da administração direta a disponibilidade de recursos financeiros é baseada nos recursos orçamentários a elas destinados anualmente; o processo para utilização dos recursos é definido em legislação e pode ser moroso; e os recursos financeiros não utilizados em um exercício social não são alocados ao exercício subsequente, prejudicando o processo de planejamento de longo prazo. Esse contexto de restrições à ação torna-se particularmente complexo para organizações que atuam na área de Ciência, Tecnologia & Inovação, a exemplo do CASNAV, que pertence à estrutura organizacional da MB e desenvolve projetos de duração continuada, normalmente executados conforme disponibilidade de recursos, principalmente, financeiros. Assim, o objetivo da pesquisa foi analisar como são formadas as práticas estratégicas de orçamentação e faturamento do CASNAV, de forma a lidar com as restrições e regras da administração pública, segundo a percepção dos praticantes envolvidos no processo. Este estudo baseou-se na perspectiva de estratégia como prática social e foi focado no modelo de Whittington (2006). O estudo de caso único teve uma natureza descritiva e a coleta dos dados foi feita mediante entrevistas, observação e análise de documentos e os dados foram tratados pela técnica de análise de conteúdo. Dentre os principais resultados, destaca-se que: (a) a formação das práticas estratégicas está diretamente ligada ao processo de interação com os clientes (b) a flexibilidade para lidar com as restrições orçamentárias ou financeiras está em grande parte relacionada às necessidades dos clientes; e (c) a prática de orçamentação e faturamento é viabilizada, principalmente, pela formalização das atribuições dos praticantes envolvidos no processo, pela proatividade e interação com os clientes e pelas competências gerenciais desenvolvidas internamente.

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Biografia do Autor

Denise de Almeida Pereira, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/FACC Encarregada da Divisão de Contabilidade de Custos no CASNAV/MB

Fernanda Filgueiras Sauerbronn, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Universidade Federal do Rio de JaneiroPrograma de Pós-graduação em Ciências Contábeis

Ana Carolina Pimentel Duarte da Fonseca, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Doutora em Administração pela Universidade Federal do Rio de Janeiro /COPPEAD Professor Associado III da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Marcelo Alvaro da Silva Macedo, Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ

Doutor em Engenharia de produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro /COPPE Professor Associado I da Universidade Federal do Rio de Janeiro

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Publicado

01.06.2016

Como Citar

Pereira, D. de A., Sauerbronn, F. F., da Fonseca, A. C. P. D., & Macedo, M. A. da S. (2016). Práticas estratégicas de orçamentação e faturamento na administração pública: um estudo de caso na Marinha do Brasil. Revista Ibero-Americana De Estratégia, 15(2), 71–89. https://doi.org/10.5585/ijsm.v15i2.2302

Edição

Seção

Artigos