Custos de Transação no Setor Automotivo: Atributos Transacionais, Pressupostos Comportamentais e Limitações Teóricas
DOI:
https://doi.org/10.5585/riae.v18i2.15161Palavras-chave:
Custos de transação, Especificidade de ativos, Setor automotivo, Contratos, Integração verticalResumo
Objetivo: O objetivo no presente artigo foi compreender como a escolha das estruturas de governança pelas montadoras para obtenção das suas autopeças é influenciada pelos custos de transação.
Método: Para atender o objetivo proposto, foi realizada uma pesquisa de natureza qualitativa, do tipo descritiva e com recorte transversal nos anos de 2016 e 2017. Os dados primários foram coletados a partir de entrevistas semiestruturadas com agentes de três montadoras automotivas e da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP).
Originalidade/Relevância: Pela Economia dos Custos de Transação (ECT), diante da presença de autopeças de elevada especificidade no setor automotivo, a integração vertical seria a estrutura mais eficiente. No entanto, questiona-se se essa é a realidade no referido setor, dado que movimentos de integração e desintegração são identificados na literatura. Analisa-se, assim, a força do atributo de transação como fator determinante para a escolha da estrutura de governança.
Resultados: Para os casos estudados, não foram encontrados indícios robustos que justifiquem a escolha pela integração vertical ou pela contratação, considerando os pressupostos da ECT (base teórica do estudo), uma vez que em ambas estruturas são observadas autopeças de elevada especificidade.
Contribuições teóricas/metodológicas: Conclui-se que o elevado nível de especificidade, por si só, não justifica a escolha pela integração vertical ou pela contratação nas montadoras investigadas, sendo necessárias abordagens teóricas complementares para compreender as decisões sobre as fronteiras da firma.
Contribuições sociais / para a gestão: A opção pela complementaridade teórica para compreensão dos fenômenos, notadamente associados às decisões de integrar ou não atividades, pode auxiliar os gestores em suas decisões operacionais e estratégicas.
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