Análise da Eficiência dos Fundos de Investimento Imobiliário em um Período de Crise Econômica
DOI:
https://doi.org/10.5585/riae.v17i2.2618Palavras-chave:
Fundos Imobiliários. Análise de Eficiência. DEA.Resumo
O Plano Real de estabilização ensejou grandes transformações no setor financeiro do país e abriu espaço para o desenvolvimento de formas alternativas de aplicações de recursos. Os fundos caracterizados como renda variável e multimercado têm sido retratados em vários estudos acadêmicos, mas persiste uma carência em relação aos Fundos de Investimento Imobiliário (FII), que são lastreados em ativos da construção civil. Este artigo objetiva sanar em parte esta lacuna ao analisar o desempenho de FII em um período de retração econômica. A amostra contempla quarenta e quatro fundos registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e que apresentaram cotações diárias no período de agosto de 2013 a setembro de 2016. A abordagem é quantitativa, tendo sido empregados indicadores econômico-financeiros (índices de Sharpe e Sortino), análise de regressão (Alfa de Jensen) e o modelo de otimização Data Envelopment Analysis – DEA. Os resultados não foram favoráveis aos FIIs como alternativa atraente para a aplicação de recursos no período analisado. Considerando-se o risco e retorno, poucos fundos conseguiram superar o benchmark de mercado. Os procedimentos metodológicos permitiram, ainda, verificar a eficiência relativa de cada fundo, constatando-se que houve perda de eficiência por parte significativa da indústria; 28 tornaram-se menos eficientes, 12 não apresentaram mudanças dignas de notas, e apenas 4 elevaram seus níveis de eficiência. Ademais, os resultados obtidos com o emprego dos vários modelos sinalizam diferentes possibilidades de análise e podem contribuir para a tomada de decisão por parte dos gestores de carteiras e investidores do mercado de capitais.