Os caminhos futuros da gestão de marca de lugar: cenário brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.5585/remark.v21i1.21486Palavras-chave:
place brand, place branding, public-private, geographical mapping, geomarketing.Resumo
"Qual lugar?" Todos os lugares, distantes e próximos, grandes e pequenos, desenvolvidos ou em desenvolvimento, estão procurando as melhores soluções e práticas para atender às necessidades e ambições de seus stakeholders internos e externos. Place branding é uma abordagem que apoia os lugares nesses esforços, estrategicamente e de forma interativa. Como Kavaratzis e Florek (2021) afirmam, “no futuro próximo, a comunidade acadêmica global de gestão de marca de lugar precisará abordar uma série de desafios e questões que permanecem sem solução e sem resposta, com implicações tanto para a teoria quanto para a prática” (p. 28). Ao mesmo tempo, acadêmicos e profissionais precisam considerar as diferenças regionais e locais. As perspectivas, possibilidades e condições brasileiras não são exceção.
Esta primeira edição avança na compreensão deste campo de conhecimento ilimitado, imperativo e interdisciplinar. Agradecemos à equipe editorial do Brazilian Journal of Marketing, a todos os autores e revisores que contribuíram para esta edição especial sobre gestão de marca de lugar (Apêndice I. Nota de Agradecimento).
Contextualmente, de acordo com uma análise da literatura internacional das localizações geográficas encontradas nos artigos sobre place branding, entre 2014 e 2018, a Europa é a área dominante nos estudos, seguida pela Ásia e América do Norte que também têm atraído significativa atenção dos estudiosos (Lu et al. 2020). Na América do Sul, especificamente no Brasil, as publicações acadêmicas sobre marca de lugar (place brand), gestão de marketing de marca de lugar (place marketing) e gestão de marca de lugar (place branding) ainda são escassas. Daí a necessidade urgente de compreender adequadamente os fenômenos de gestão de marca de lugar e de difundir o seu conhecimento que muitas vezes é ultrapassado pela prática, causando todos os tipos de problemas e decepções. Sem uma base científica sólida, o place branding se tornará e continuará sendo apenas uma tática baseada em resposta.
Portanto, nesta Edição Especial, gostaríamos de destacar o potencial das realizações científicas dos acadêmicos no Brasil e avançar na discussão entre pesquisadores e profissionais brasileiros. Conforme estudado por Artêncio, Mariutti e Giraldi (2020), um panorama temático de cunho acadêmico-científico averiguou os trabalhos apresentados nos principais congressos brasileiros de Administração: SemeAD, EnANPAD (Divisão de Marketing) e EMA nos últimos vinte anos (1999-2019). Com um total de 5.706 estudos, apenas 18 artigos abordam algumas questões relacionadas à gestão de marca de lugar ou gestão de marketing de marca de lugar, com foco principalmente em nível de país (14), e alguns em cidades (2) e regiões (2). Com base na análise dos títulos desses estudos, dos resumos e das palavras-chave identificadas nos anais dos congressos, apenas três trabalhos foram identificados como alinhado à uma designação conceitual de marketing de lugares, apresentados no SemeAD 2016 e no EMA 2018; e um trabalho de gestão de marca de lugar apresentado no EMA 2018. Notavelmente, os estudos são específicos para alguns aspectos da place brand (local de origem, identidade, imagem, reputação e cultura, para citar alguns).
Diante desse retrato científico, conclusões apontadas podem ser complementadas.
Em primeiro lugar, nas pesquisas realizadas no Brasil em nível nacional, os estudos de place branding certamente estão evoluindo. E precisam de tal inserção nacional, uma vez que a marca de lugar pode ser usada como um instrumento no planejamento espacial estratégico para apoiar uma mudança estrutural nos lugares por contribuir para a melhoria da estrutura econômica e social dos lugares e remodelar as respostas aos desafios contemporâneos enfrentados pelos lugares. Referente ao posicionamento de marca ou gestão da marca de um lugar, um espaço ou território não é um conceito absoluto, está sempre relativo a uma esfera de aplicação social-humana ou estrutura econômica-política, o qual se desenvolve potencialmente por meio de processos – possivelmente contestados – para produzir, manter e atribuir espaços com significado, reforça Warnaby (2018).
Em segundo lugar, há a necessidade de desenvolvimento teórico e empírico dos conceitos de marca de lugar, gestão de marketing de marca de lugar, e gestão de marca de lugar, não apenas com base em estudos sobre cidades, estados e regiões brasileiras, mas também em outros lugares do país como aeroportos, aglomerados industriais, avenidas, parques, praias, praças, museus, teatros etc. Como a diversidade de locus é reconhecida em um país extenso como o Brasil, é fundamental fornecer perguntas de pesquisa sobre a espacialidade existente na literatura de marketing, como enfatizam Giovanardi e Lucarelli (2018), Oliveira (2015) e Warnaby (2018).
Em terceiro lugar, o avanço ontológico e epistemológico das linhas de pesquisa em place branding é necessário para provocar reflexões e direcionamentos para o avanço teórico, particularmente nos grupos de pesquisa brasileiros. Como Govers (2021) afirma, “as agências de financiamento e governos que valorizam que a gestão de marca de lugar seja de importância estratégica, de longo prazo e crucial são, infelizmente, uma pequena minoria” (p.338). Com isso em mente, esperamos chamar a atenção de universidades, pesquisadores e gestores de políticas públicas brasileiras para a importância e relevância da gestão de marca de lugares. Afinal, “A marca de lugar tem sido usada para promover a reestruturação econômica, a inclusão e coesão social, o engajamento e a participação política, a identificação do lugar e o bem-estar geral dos cidadãos”, expõe Oliveira (2015, p.18).
Os stakeholders per se, que são cocriadores no processo de gestão de marca de lugar (Kalandides, Kavaratzis, & Boisen, 2012; Mariutti & Giraldi, 2021) precisam estar envolvidos na gestão de locais públicos e/ou privados, estrategicamente alinhados com as atividades de gestão de marca de lugar para aumentar o valor de um lugar (Mariutti & Giraldi, 2021). Traçar o escopo da pesquisa ao longo desse caminho estabelece conexões entre prática e teoria e oferece insights sobre os vindouros rumos para lugares peculiares, escondidos ou esquecidos no Brasil.
Para abordar os contextos acima em conjunto com o cenário acadêmico brasileiro, compartilhamos que 27 trabalhos foram submetidos durante os seis meses de pandemia (fevereiro a agosto de 2021); eles foram cuidadosamente revisados e analisados. Além disso, os melhores estudos selecionados pelos líderes de tema de ‘Gestão de Marca de Lugar’ no Encontro de Marketing - EMA 2021 (por Fabiana Mariutti e Mihalis Kavaratzis) e no EnANPAD 2021 (por Fabiana Mariutti e João Freire) foram convidados para submissão no processo de avaliação regular pela Revista Brasileira de Marketing. Ambas os congressos são organizados pela ANPAD – Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração). Pela primeira vez no Brasil, uma trilha acadêmica de place branding aconteceu em congressos brasileiros. Portanto, com base nas avaliações dos revisores e na compreensão do domínio da linha de pesquisa, as decisões foram tomadas pelos editores convidados e editores-chefes da revista. Por fim, foram escolhidos nove manuscritos para publicação.
Contribuições robustas emergiram desta coletânea pioneira. Os seguintes artigos sistematicamente escolhidos ilustram algumas arcabouços e insights para a pesquisa sobre gestão de marca de lugar ser concebivelmente aprimorada na literatura nacional.
A edição começa com um artigo de Carniello e dos Santos que analisam o branding como estratégia de desenvolvimento territorial, discutindo a convergência entre o city branding e um plano diretor municipal no caso da cidade de São Paulo. Foi identificada uma convergência entre os pilares da marca e os conteúdos do plano diretor, especialmente a comunicação como elemento-chave para as proposições sociais e de gestão. Postula-se, assim, uma perspectiva estratégica de place branding com uma abordagem qualitativa, com design documental.
O artigo subsequente, de Kamlot e Santos Vieira de Jesus, discute o cerne do processo de branding, principalmente, a identidade da marca de cidade. O artigo contribui para a exploração das dimensões físicas e simbólicas da identidade da marca do Rio de Janeiro e para a interpretação detalhada do RJ, considerando a evolução recente da cidade. Adota o método qualitativo para análise documental, o conjunto de dados foi combinado por artigos de pesquisa, e-mails, boletins, relatórios de empresas e governos, artigos de jornais etc. Este estudo fornece indicações importantes sobre como delinear políticas públicas a partir da compreensão da identidade de uma cidade.
O próximo artigo analisa os sentimentos que acompanham o conteúdo gerado pelos usuários no Instagram, expressos em hashtags vinculadas à marca da cidade de Pernambuco (capital de Recife). Resultados dessa pesquisa mista (qualitativa e quantitativa) de Lima, Pessanha, Araújo, Alves e Cesário sugerem que estudos utilizando análise de sentimento de conteúdo de usuários em redes sociais podem ser utilizados por gestores públicos para entender o comportamento dos moradores, turistas e potenciais visitantes por meio da pesquisa-ação, preparando e adaptando melhor a cidade.
Beck e Ferasso, por sua vez, analisam o reflexo da identidade da marca, ou seja, a imagem das cidades. Neste estudo, uma revisão sistemática da literatura foi utilizada para analisar o conteúdo da literatura sobre imagem urbana no contexto do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL). O trabalho demonstra que a gestão da imagem urbana mostra como as cidades podem superar as disparidades socioeconômicas, com a implementação de um projeto eficiente de imagem urbana a fim de promover desenvolvimento urbano bem-sucedido.
Monte, Pompeu e Holanda descrevem uma interessante abordagem qualitativa temática-exploratória de um lugar esquecido – museu corporativo – como um espaço empresarial e cultural que influencia a imagem de um lugar. Os autores acreditam que os museus corporativos são um importante ativo cultural na promoção da marca do lugar e ainda, que esses museus pertencem não apenas à empresa, mas também à cidade, região e país onde está localizado, atraindo turistas e investidores, fomentando um sentimento de pertencimento entre os moradores. O estudo, que foi apresentado no Place Branding Track no EMA 2021, propõe um modelo explicativo e teórico de como uma marca de lugar (cidade, região ou país) pode ser potencializada por meio de um museu corporativo.
Outro ponto de vista empresarial foi adotado por Munaier, Rocha e Portes ao investigarem o impacto da localização da sede comercial de um prestador de serviços em educação física perante a confiança da marca dos clientes. A teoria da troca social e a confiança na marca foram fundamentos teóricos para as hipóteses deste estudo quantitativo usando técnicas estatísticas multivariadas. Ao perceber que a localização da sede influencia a confiança da marca dos clientes, os autores sugerem que a escolha de um local é um processo complexo que as empresas devem gerenciar com cuidado; ao mesmo tempo, os lugares podem usar essas relações para fins de branding.
As questões de mensuração do processo de gestão de marca de lugar são discutidas por Cunha, Luce e Rovedder; eles desenvolveram e testaram a medida de valor da marca local baseada em stakeholders (SBPBE) do Vale dos Vinhedos, na região Sul do Brasil. Com base nos resultados dessa pesquisa quantitativa a partir dos perfis dos entrevistados, os autores demonstram que quanto mais movimentos e atividades das pessoas em um local, mais positiva tende a ser sua avaliação do valor da marca do lugar. Os resultados desta pesquisa, apresentada no Place Branding Track no EnANPAD 2021, sustentam uma proposta de mensuração para avaliar esses múltiplos stakeholders sobre o posicionamento da marca com base em dados comportamentais.
Os dois últimos artigos indicam as recomendações de estudos e as direções para desenvolvimentos futuros no domínio da pesquisa sobre gestão de marca de lugar.
Com base em uma revisão sistemática da literatura, Campos, Galina e Giraldi estabelecem as diretrizes para futuras estudos interdisciplinares sobre soft power, analisando seu alinhamento teórico-prático com indústrias criativas e gestão de marca de lugar. Após a adoção da análise de conteúdo com abordagem teóricas, foram identificadas seis áreas relevantes com breve descrição e referências oblíquas nessa investigação pujante: psicossociologia, mobilidade laboral, planejamento urbano, diplomacia artística, gastrodiplomacia e indicações geográficas. Demonstra-se como o soft power e o place branding revelam uma relação explícita entre si: teoricamente, estrategicamente e politicamente.
Ocke e Platt apresentam uma agenda de pesquisa convidativa, fornecendo alguns apontamentos para acadêmicos, profissionais de branding e profissionais de marketing que ocorrem no escopo da gestado de marca – identidade, imagem e reputação de um lugar. Ao adotar material bibliográfico, sob uma visão geral do nation branding com suas orientações econômicas, políticas e cultural-críticas, em que propostas significantes para o Brasil são sugeridas para a gestão eficaz das marcas de lugares, incluindo: (i) nomeação de um órgão formal para coordenar as ações e atores reconhecendo o papel dos stakeholders nas etapas de tomada de decisão; (ii) cooperação entre governadores e líderes para alcançar objetivos comuns sob um programa único de marca guarda-chuva que beneficia diferentes setores da economia; (iii) a conquista de oportunidades de mercado por meio de ativos identitários competitivos, como a orientação da marca green place; e (iv) aplicação de métodos integrados para mensurar e avaliar os resultados dos esforços de place branding.
Com esta Edição Especial, intitulada “Qual lugar? Os Caminhos Futuros do Place Branding”, esperamos incentivar ações e estimular um debate sobre como a gestão de marca de lugar pode efetivamente melhorar os lugares brasileiros e como o conhecimento oferecido pela comunidade acadêmica pode preparar qualquer tipo de lugar para os próximos desafios. “O que vem depois?” Considerando o papel promissor da gestão de marca de lugar no Brasil, nossas recomendações para estudos futuros destacam temas relacionados com o atual status quo atual do país, ao momento pós-pandemia, a reintegração humana aos lugares a, ainda, questões de sustentabilidade. Estudos sobre a gestão de marca de lugar requer estudos interdisciplinares adicionais, integração de disciplinas, grupos de pesquisa de parcerias internacionais, intercâmbios profissionais, iniciativas público-privadas, mapeamento de clusters, análises em geomarketing e métodos mais sofisticados para avaliação crítica acompanhados de problemas de pesquisa instigantes bem estabelecidos.
Apêndice I
Nota de Agradecimento
Nós apreciamos o apoio inesgotável do Editor-Chefe Prof. Dr. Julio Carneiro da Cunha.
Somos gratos aos seguintes revisores, que contribuíram de forma organizada para nossa edição especial:
Dr. Antônio Azevedo - Universidade do Minho, Portugal
Dra. Beatriz Casais - Universidade do Minho, Portugal
Dra. Caroline Finocchio - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Brazil
Dra. Cecilia Pasquinelli - Università degli Studi di Napoli Parthenope, Italy
Ph.D. Candidate: Donizete Ferreira Beck - Universidade Nove de Julho, SP, Brazil
Dr. Eduardo de Paula e Silva Chaves - Universidade de São Paulo & Instituto Federal de São Paulo, Brazil
Dra. Fernanda Scussel - Universidade de Santa Catarina, Brazil
Dr. Glauber Eduardo de Oliveira Santos - Universidade de São Paulo, Brazil
Dr. João Ricardo Freire - Universidade NOVA de Lisboa & Universidade Europeia, Portugal
Dr. Julio Araújo Carneiro da Cunha - Universidade Nove de Julho, SP, Brazil
Dra. Marina Lourenção - Universidade de São Paulo, Brazil
Ph.D. Candidate: Mateus Artêncio - Universidade de São Paulo, Brazil
Dra. Mariana Sutter - Toulouse Business School, France
Dr. Marco Ocke - Universidade Federal de Santa Catarina, SC, Brazil
Dr. Mihalis Kavaratzis - University of Leicester, England
Dra. Mirna de Lima Medeiros - Universidade Estadual de Ponta Grossa, PR, Brazil
Dra. Monica Franchi Carniello - Universidade de Taubaté, SP, Brazil
Dr. Rafael Barreiros Porto - Universidade de Brasília, D.F., Brasil
Dr. Ricardo Limongi - Universidade Federal de Goiás, GO, Brasil
Dr. Robert Bowen - Swansea University, Wales, United Kingdom
Dr. Roberto Flores Falcão - Centro Universitário FECAP, SP, Brasil
Ph.D. Candidate: Sergio Czajkowski - UNICuritiba, PR, Brasil
Dra. Suzane Strehlau - Escola Superior de Propaganda e Marketing, SP, Brasil
Dra. Thaysa Nascimento - Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Dra. Virginia Castro - Universidade Federal da Integração Latino-Americana, PR, Brazil
Dra. Vivian Iara Strehlau - Escola Superior de Propaganda e Marketing, SP, Brasil
Dr. Wesley Moreira Pinheiro - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, SP, Brasil
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Referências
Artêncio, M., Mariutti, F., & Giraldi, J. (2020). 20 Anos de Publicações sobre Marca-de-Lugar no Brasil: um panorama analítico-reflexivo da produção acadêmica em congressos de Administração. In: XXIII Seminários em Administração - SemeAD 2020 - Universidade de São Paulo.
Giovanardi, M., & Lucarelli, A. (2018). Sailing through marketing: A critical assessment of spatiality in marketing literature. Journal of Business Research, 82: 149-159.
Govers, R. (2021). Chapter 19 - Place branding practice and scholarship: where we are and whither, we may be going. In: Papadopoulos, N., Cleveland, M. “Image, Marketing, and Branding of Places and Place-based Brands: The State of the Art”, Edward Elgar.
Kalandides, A., Kavaratzis, M., & Boisen, M. (2012). From ‘necessary evil’ to necessity: stakeholders’ involvement in place branding. Journal of Place Management and Development, 5 (1): 7-19.
Kavaratzis, M., Florek, M. (2021). Chapter 2 - The who, what, where, when, and why of place branding, In: Papadopoulos, N., Cleveland, M. “Image, Marketing, and Branding of Places and Place-based Brands: The State of the Art”, Edward Elgar.
Lu, H., Ma, W., Yang, Q., & Zhao, P. (2020). Exploring the impact of factors influencing case selection in the place branding literature from 2014 to 2018, Journal of Urban Affairs, first online.
Mariutti, F. G., & Giraldi, J. D. M. E. (2021). Branding cities, regions, and countries: the roadmap of place brand equity. RAUSP Management Journal, 56 (2): 202-216.
Oliveira, E. (2015). Place branding as a strategic spatial planning instrument. Place Branding and Public Diplomacy, 11 (1): 18-33.
Warnaby, G. (2018). Taking a territorological perspective on place branding? Cities, 80: 64-66.
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