Funções e significados do consumo de música por crianças de baixa renda

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5585/remark.v20i2.14268

Palabras clave:

Consumo infantil, Consumo de baixa renda, Consumo de música

Resumen

Objetivo: Identificar quais funções e significados que o consumo de música desempenha para crianças de classes populares.

Método: A coleta de dados se deu através da triangulação dos métodos, sendo assim, foram utilizados os métodos observação participante, 17 entrevistas semiestruturada e construções de desenhos com crianças de famílias de baixa renda do Município de Queimados – RJ.

Originalidade/Relevância: Este estudo proporcionou uma pesquisa voltada para o consumo de música de crianças de baixa renda de um município da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, um público ainda pouco representado em pesquisas acadêmicas. Apresentou diferentes métodos de coletas de dados pouco utilizados em pesquisa na área administrativa, servindo como base para futuros estudos.

Resultados: A pesquisa explica quais as funções que a música possui, além de apontar seis categorias de significados que a música representa para as crianças estudadas.

Contribuições teóricas/metodológicas: O trabalho contribui para uma melhor compreensão dos signos que a música representa para o público infantil investigado, além de ampliar os estudos sobre o consumidor infantil de famílias de camadas populares.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Isabela da Silva Souza Santos, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ

Mestra em Gestão e Estratégia

Flavia Luzia Oliveira da Cunha Galindo, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ

Doutora em Ciências Sociais


Citas

Aguiar, L. (2017). Let the music play? Free streaming and its effects on digital music consumption [Versão eletrônica], Information, Economics and Policy, 41, 1-14.

Albertini, M. N. B., & Domingues, S. C. (2016). Infância, consumo e educação: conexões e diálogos [Versão eletrônica], Revista Internacional Interdisciplinar INTERthesis, 13(1), 21-37.

Bao, Y., Fern, E. F., & Sheng, S. (2007). Parental style and adolescent influence in family consumption decisions: An integrative approach [Versão eletrônica], Journal of Business Research, [s. l.], 60(7), 672–680.

Barbosa, L., & Campbell, C. (2006). O estudo do consumo nas ciências sociais contemporâneas. In L. Barbosa & C. Campbell (Orgs.). Cultura, consumo e identidade. Rio de Janeiro: Editora FGV.

Barros, C. (2006). Consumo, Hierarquia e Mediação: Um estudo antropológico no universo das empregadas domésticas. Anais do XXX EnANPAD (Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração), Salvador, BA, Brasil, 30.

Bardin, L. (2006). Análise de conteúdo. (L. A. Rego & A. Pinheiro, Trad.). Lisboa: Edições 70.

Bourdieu, P. (2007). A Distinção: crítica social do julgamento. (D. Kern & G. J. F. Teixeira, Trad). São Paulo: Edusp; Porto Alegre, RS: Zouk.

Campos, R., Suarez. M. & Casotti, L. (2005). Possibilidades de contribuição da sociologia ao marketing: itinerários de consumo. Anais do II EMA (Encontro de Marketing da ANPAD), Rio de Janeiro, 2.

Castro, M. G. B. (2015). A infância e a cultura do consumo na contemporaneidade [Versão eletrônica], Movimento – Revista de Educação, 2, (3), 273-293.

Chaplin, L. N., Hill, R. P., & John, D. R. (2013). Poverty and materialism: a look at impoverished versus affluent children [Versão eletrônica], Journal of Public Policy & Marketing, [s. l.], 33(1), 78–92.

Dayrell, J. (2002). O Rap e o Funk na Socialização da Juventude. Educação e Pesquisa, vol.28, n.1, p.117-136.

Choi, F. (2015). On the fast track to a head start: A visual ethnographic study of parental consumption of children's play and learning activities in Hong Kong [Versão eletrônica], Childhood, 23(1), 123–139.

Cotte, J., & Wood, S. L. (2004). Families and innovative consumer behavior: a triadic analysis of sibling and parental influence [Versão eletrônica], Journal of Consumer Research, [s. l.], 31(1), 78–86.

Creswell, J. W. (2014). Investigação qualitativa e projeto de pesquisa: escolhendo entre cinco abordagens (3a ed.). Porto Alegre: Penso.

Dallolio, A. S., & Brito, E. P. Z. (2018). From pink to blue: Tweens girls, mothers and liminal consumption. Anais do XLII EnANPAD (Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração), Curitiba, 42.

Datta, H., Knox, G., & Bronnenberga, B. J. (2018). Changing their tune: how consumers’ adoption of online streaming affects music consumption and discovery [Versão eletrônica], Marketing Science, 37(1), 5-21.

Douglas, M., & Isherwood, B. (2009). O mundo dos bens: para uma antropologia do consumo (1a ed. – 2a reimpressão). (P. Dentzien, Trad.). Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

Elberse, A. (2010). Bye-Bye Bundles: The unbundling of music in digital channels [Versão eletrônica], Journal of Marketing, [s. l.], 74(3), 107–123.

Fernández, B. F., & González, A. G. (2017). Análisis del consumo infantil de TV, videojuegos e internet: diferencias en función del sexo en la selección de contenidos audiovisuales [Versão eletrônica], Fonseca, Journal of Communication, 15, 95-108.

Genes, F., Craveiro, R. U, & Proença, A. (2012). Inovações tecnológicas na cadeia produtiva da música no século XXI. Revista Eletrônica Sistemas & Gestão, 7(2), 173-190. Recuperado em 19 maio, 2019, de http://www.revistasg.uff.br/index.php/sg/article/view/V7N2A4.

Hargreaves, D., & North, A. (1999). The functions of music in everyday life: redefining the social in music psychology [Versão eletrônica], Psychology of Music, 27, 71-83.

Hsieh, Y. C., Chiu, H. C., & Lin, C. C. (2006). Family communication and parental influence on children’s brand attitudes [Versão eletrônica]. Journal of Business Research, [s. l.], 59(10–11), 1079–1086.

IBOPE. (2017). Tribos musicais. Recuperado em 10 outubro, 2017 de http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Documents/tribos_musicais.pdf.

Jenkins, H. (2009). Cultura da convergência. (2ª ed.). (S. Alexandria, Trad.). São Paulo: Aleph.

John, D. R. (1999). Consumer socialization of children: a retrospective look at twenty-five years of research [Versão eletrônica] Journal of Consumer Research, 26(3), 183–213.

Kim, C., Yang, Z., & Lee, H. (2009). Cultural differences in consumer socialization: A comparison of Chinese–Canadian and Caucasian–Canadian children [Versão eletrônica]. Journal of Business Research, 62(10), 955–962.

Larsen, G., Lawson, R., & Todd, S. (2009). The consumption of music as self-representation in social interaction [Versão eletrônica], Australasian Marketing Journal (AMJ), 17(1), 16-26.

Lehdonvirta, M. (2016). Family leisure consumption and youth sport socialization in post-communist Poland: A perspective based on Bourdieu's class theory [Versão eletrônica], International Review for the Sociology of Sport, 51(2), 219–237.

Mauss, M. (1972). Manual de etnografia. (M. L. Maia, Trad.). Lisboa: Editorial Pórtico.

McCracken, G. (2012). Cultura e Consumo II: mercados, significados e gerenciamento de marcas. (A. C. Balthazar, Trad.). Rio de Janeiro: Mauad.

McLuhan, M. (1974). Os meios de comunicação: como extensões do homem. (D. Pignatari, Trad.). São Paulo: Editora Cultrix.

Merriam, A. O. The anthropology of music. Evanston: Northwestern University Press, 1964.

Meuleman, R., Radboud, M., & Verkuyten, M.J.A.M. (2018). Parental socialization and the consumption of domestic films, books and music [Versão eletrônica], Journal of Consumer Culture, 18(1), 103-130.

Miller, D. (2013). Trecos, troços e coisas: estudos antropológicos sobre a cultura material. (R. Aguiar, Trad.). Rio de Janeiro: Zahar.

Morrison, M., Gan, S., Dubelaar, C. & Oppewal, H. (2011), In-store music and aroma influences on shopper behavior and satisfaction, Journal of Business Research, 64(6), 558-564.

Mozzato, A. R., & Grzybovski, D. (2011). Análise de conteúdo como técnica de análise de dados qualitativos no campo da Administração: potencial e desafios [Versão eletrônica], Revista de Administração Contemporânea, 15(4), 731-747.

Natividade, M. R., Coutinho, M. C., & Zanella, A. V. (2008). Desenho na pesquisa com crianças: análise na perspectiva histórico-cultural [Versão Eletrônica], Contextos Clínicos, 1(1), 9-18.

Nogaro, A., Ecco, I., & Grando, A. (2014, setembro). A criança e a construção de significados por meio do desenho infantil. Anais do IV Colóquio Internacional de Educação, Joaçaba, SC, Brasil, 2(1), 743-741.

Ngyen, G., Dejean, S., & Moreau, F. (2014). On the complementarity between online and offline music consumption: the case of free streaming [Versão eletrônica], Journal of Cultural Economics, 38(4), 315-330.

Orofino, M. I. (2015). O ponto de vista da criança no debate sobre comunicação e consumo [Versão eletrônica], Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, 13(1), 369-381.

Pasdiora, M. A., & Brei, V. A. (2014). A formação do hábito de consumo infantil: uma análise crítica da Teoria de Consumo de Status aplicada às classes sociais altas e baixas no Brasil [Versão eletrônica], Organizações & Sociedade, 21(68), 789-814.

Piaget, J. (2002). Epistemologia Genética (2a ed.). (A. Cabral, Trad.). São Paulo: Martins Fontes.

Pilcher, J. (2011). No logo? Children’s consumption of fashion [Versão eletrônica], Childhood, 18(1), 128-141.

Ramos, A. C. (2011). Meus avós e eu: as relações intergeracionais entre avós e netos na perspectiva das crianças. Tese de doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil.

Rose, G. M., Boush, D., & Shoham, A. (2002). Family communication and children’s purchasing influence: a cross-national examination [Versão eletrônica], Journal of Business Research, 55(11), 867–873.

Shove, E. Comfort, cleanliness and convenience: The social organization of normality. Oxford: Berg, 2003.

Sinclair, G., & Tinson, J. (2017). Psychological ownership and music streaming consumption [Versão eletrônia], Journal of Business Research, 71(1), 1-9.

Souza, J., & Freitas, M. F. Q. (2014). Práticas musicais de jovens e vida cotidiana: socialização e identidades em movimento [Versão eletrônica], Música em Perspectiva, 7(1).

Styvén, M. E. (2010). The need to touch: Exploring the link between music involvement and tangibility preference, Journal of Business Research, 63 (9–10), 1088-1094.

Trentmann, F. (2016). Empire of things: How we became a world of consumers, from the fifteenth century to the twenty-first. Londres: Allen Lane.

Veloso, A. R., & Hildebrand, D. F. N., Campomar, M. C. & Daré, P. R. C. (2018). A criança no varejo de baixa renda. RAE - eletrônica, 7(2). Recuperado em 19 maio, 2019, de https://rae.fgv.br/rae-eletronica/vol7-num2-2008/crianca-no-varejo-baixa-renda.

Vergara, S. C. (2005). Métodos de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas.

Vergara, S. C. (2009). Métodos de coleta de dados no campo. São Paulo: Atlas.

Ward, S. (1974). Consumer socialization [Versão eletrônica]. Journal of Consumer Research, 1(2), 1-14.

Weijters, B., Goedertier, F., & Verstreken, S. (2014). Online music consumption in today's technological context: putting the influence of ethics in perspective [Versão Eletrônica], Journal of Business Ethics, 124(4), 537-550.

Williams, J., Ashill, N., & Thirkell, P. (2016). How is value perceived by children? [Versão Eletrônica], Journal of Business Research, 69(12), 5875–5885.

Zhu, R.J. & Meyers-Levy, J. (2005). Distinguishing between the Meanings of Music: When Background Music Affects Product Perceptions. Journal of Marketing Research, 42(3), 333–345.

Descargas

Publicado

2021-06-14

Cómo citar

da Silva Souza Santos, I., & Oliveira da Cunha Galindo, F. L. (2021). Funções e significados do consumo de música por crianças de baixa renda. ReMark - Revista Brasileira De Marketing, 20(2), 309–335. https://doi.org/10.5585/remark.v20i2.14268

Número

Sección

Artigos