Uma Análise da Definição do Sortimento nos Supermercados Brasileiros e sua Influência nas Vendas
DOI:
https://doi.org/10.5585/remark.v14i4.2924Palabras clave:
supermercados, sortimento, varejoResumen
A economia brasileira expandiu-se rapidamente ao longo dos anos 2000 suscitando amplas mudanças em diversos segmentos da atividade econômica. No âmbito do mercado de consumo três características são absolutamente marcantes: aumento significativo do poder de compra dos indivíduos, crescimento vertiginoso do nível de informação sobre produtos e serviços e diversificação da oferta. Nesse cenário a enorme variedade de produtos colocada à disposição dos consumidores por meio de uma ampla gama de alternativas de distribuição, não apenas lojas em seus mais diferentes formatos, mas também outros meios, como por exemplo, a internet, gradativamente tornaram a definição do sortimento para um particular varejista uma questão inequivocamente crucial no estabelecimento de uma posição competitiva. Estudar a importância do sortimento na dinâmica da competição do mercado varejista é exatamente o propósito deste artigo. Ou seja, procurou-se avaliar a significância de uma eventual relação entre sortimento e vendas ao consumidor final de bens não duráveis de massa. Para tanto foram utilizados dados do painel de lojas Scantrack® da The Nielsen Co. Os dados foram colhidos ao longo de 116 semanas em estabelecimentos localizados na região da Grande São Paulo. As análises de correlação, envolvendo diversidade do sortimento e o volume de vendas, basearam-se na análise de vinte e sete importantes categorias de produtos. Com base nessas informações conseguiu-se mostrar que a média do número de itens ofertados, variável proxy das dimensões sortimento e profundidade, mantem correlação significativa e elevada com as vendas ao consumidor final independentemente dos tipos e tamanhos de supermercados analisados.