O padrão estético tido como o “ideal” e as violências de gênero e raça a partir da expectativa da beleza feminina
DOI:
https://doi.org/10.5585/2025.25114Palavras-chave:
beleza, padrão estético, racismo, violência de gêneroResumo
O presente estudo objetiva analisar criticamente o padrão de beleza eleito cultural e historicamente como o ideal para os corpos femininos e seus reflexos na saúde das mulheres. O problema norte da investigação é: em que medida a medicalização da estética se constitui como uma violência silenciosa de gênero? Parte-se da hipótese de que, a partir do momento em que as mulheres promoveram rupturas na estrutura de poder patriarcal da sociedade, povoando o mercado de trabalho e ainda assim responsáveis pelo trabalho “invisível’ afeto ao lar, a estratégia empregada para a manutenção do status quo foi a imposição do “mito da beleza”, consistente na obrigação de corresponder ao padrão estético tido como ideal. As mulheres negras, nesse escopo, experimentam essa violência em maior intensidade, haja vista a intersecção da raça que potencializa o mito da beleza. O método empregado é o hipotético-dedutivo e a técnica de pesquisa bibliográfica.
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