O padrão estético tido como o “ideal” e as violências de gênero e raça a partir da expectativa da beleza feminina
DOI:
https://doi.org/10.5585/2025.25114Palabras clave:
beleza, padrão estético, racismo, violência de gêneroResumen
O presente estudo objetiva analisar criticamente o padrão de beleza eleito cultural e historicamente como o ideal para os corpos femininos e seus reflexos na saúde das mulheres. O problema norte da investigação é: em que medida a medicalização da estética se constitui como uma violência silenciosa de gênero? Parte-se da hipótese de que, a partir do momento em que as mulheres promoveram rupturas na estrutura de poder patriarcal da sociedade, povoando o mercado de trabalho e ainda assim responsáveis pelo trabalho “invisível’ afeto ao lar, a estratégia empregada para a manutenção do status quo foi a imposição do “mito da beleza”, consistente na obrigação de corresponder ao padrão estético tido como ideal. As mulheres negras, nesse escopo, experimentam essa violência em maior intensidade, haja vista a intersecção da raça que potencializa o mito da beleza. O método empregado é o hipotético-dedutivo e a técnica de pesquisa bibliográfica.
Descargas
Citas
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. 2 ed. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 2009.
BERTH, Joice. Empoderamento. São Paulo: Sueli Carneiro; Polén, 2019.
BIROLI, Flávia. Autonomia, dominação e opressão. In: Feminismo e política: uma introdução. Luis Felipe Miguel e Flávia Biroli (orgs). [livro eletrônico]. São Paulo: Boitempo, 2014.
BOM DIA, OBVIOUS: episódio #176. [Locução de]: Hariana Menke. Entrevistada: Marcela Ceribelli. [S.l.]: Obvious Agency, 06 fev.2023. Podcast. Disponível em: https://open.spofity.com/episode/76nxwt9x9rwgxmnacmih9i. Acesso em: 06 fev.2023.
BORSOI, Bruna Fernandez Guimarães. Beleza plástica: a fetichização do corpo feminino como mercadoria no espaço heteronormativo. Geografia em Atos (Online), [S. l.], v. 1, n. 16, p. 61–75, 2020. DOI: 10.35416/geoatos.v1i16.7287. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/geografiaematos/article/view/7287. Acesso em: 23 ago. 2022.
BRASI. Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. PJe: 0010891-06.2018.5.03.0143 (ROT); Disponibilização: 09/08/2019; Órgão Julgador: Oitava Turma; Relator(a)/Redator(a) Antonio Carlos R.Filho). Disponível em: https://pje-consulta.trt3.jus.br/consultaprocessual/detalhe-processo/0010891-06.2018.5.03.0143/2#853f315. Acesso em: 09 jun. 2024.
CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. In: Ashoka Empreendedores Sociais e Takano Cidadania. Racismos contemporâneos. Rio de Janeiro: Takano, 2003.
DEL PRIORE, Mary. Sobreviventes e guerreiras: uma breve história das mulheres no Brasil [livro eletrônico]. São Paulo: Planeta, 2020.
ECO, Humberto. (org.). História da beleza. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2004.
ECO, Humberto. (org.). História da feiura. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2007.
FEDERICI, Silvia. Mulheres e a caça às bruxas. Tradução de Heci Regina Cadiani. São Paulo: Boitempo, 2019.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 41. ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2013.
GOMES, Nilma Lino. Trajetórias escolares, corpo negro e cabelo crespo: reprodução de estereótipos ou ressignificação cultural? Revista Brasileira de Educação, n. 21, p. 42, set./dez., 2002. https://doi.org/10.1590/S1413-24782002000300004
GOMES, Nilma Lino. Sem perder a raiz: o corpo e cabelo como símbolos de identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
HAN, Byung-Chul. Psicopolítica: o neoliberalismo e as novas técnicas de poder. Minas Gerais: Editora Âyiné, 2020.
HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Petrópolis: Vozes, 2015.
HOLLANDA, Heloísa Buarque. (org.). Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.
KAUR, Rupi. Meu corpo minha casa. Traduação de Ana Guadalupe. São Paulo: Planeta, 2020.
NIELSSON, Joice. Direitos reprodutivos e esterilização de mulheres: a Lei do Planejamento Familiar 25 anos depois. Santa Cruz do Sul: Essere nel Mondo, 2022.
RIBEIRO, Djamila. Cartas para minha avó. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
SAFFIOTI, Heleieth. Gênero patriarcado violência. São Paulo: Expressão Popular: Fundação Perseu Abramo, 2015.
SANT’ANNA, Denise Bernuzzi de. História da beleza no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014.
SEGATO, Rita Laura. La escritura em el cuerpo de las mujeres asesinadas en Ciudad Juárez. Buenos Aires: Tinta Limón, 2013.
SEGATO, Rita. Manifiesto en cuatro temas. 2018. Disponível em: https://ctjournal.org/index.php/criticaltimes/article/view/30. Acesso em: 15 maio 2023.
VERGÈS, Françoise. Uma teoria feminista da violência. Trad. Raquel Camargo. São Paulo: Ubu Editora, 2021.
WOLF, Naomi. O mito da beleza: como as imagens de beleza são usadas contra as mulheres. Tradução Waldéa Barcellos. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2018. [recurso digital].
ZANELLO, Valeska. Saúde mental, gênero e dispositivos: cultura e processos de subjetivação. [livro eletrônico]. Curitiba: Appris, 2018.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Micheli Pilau de Oliveira, Nathalia das Neves Teixeira, Joice Graciele Nielsson

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
- Resumen 55
- pdf (Português (Brasil)) 33