Metodologias de projetos para atender exigências regulatórias: Um estudo com gerentes de projeto do setor bancário nacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5585/gep.v15i3.26590

Palavras-chave:

Metodologias de gerenciamento de projetos, Método híbrido, Instituições financeiras

Resumo

O setor bancário enfrenta um ambiente competitivo e complexo, marcado por mudanças rápidas e constantes devido ao surgimento de tecnologias inovadoras. Esse cenário exige que os bancos se adaptem rapidamente e desenvolvam novos sistemas de informação. Alguns dos produtos e serviços mais impactados por essas mudanças são: Mobile Banking, Internet Banking, PIX, Open Banking, Cibersegurança, entre outros. Uma parte dos projetos que os bancos desenvolvem visa atender novas regulamentações, o que lhes confere características particulares. Este estudo teve objetivo de caracterizar as metodologias mais utilizadas para implantação de módulos de sistemas de informações exigidos por novas regulamentações para o setor bancário nacional. A pesquisa teve caráter exploratório e os dados foram coletados por meio de entrevistas com sete gerentes de projeto que atuam nos principais bancos nacionais. Tem-se visto que metodologias de gestão como waterfall e scrum ainda não são suficientes para todos os projetos. Foi possível identificar neste estudo que, na prática os gerentes de projeto adotam uma abordagem híbrida quando gerenciam estes projetos. Porém, eles se adaptam às práticas e processos que melhor se adequam às necessidades específicas do projeto e da organização, sem necessariamente integrar duas metodologias distintas de maneira explícita e sim utilizando combinações no mesmo método.

CROSSMARK_Color_horizontal.svg

 

Biografia do Autor

Agnaldo Gonçalves, Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Doutorando em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista (UNIP); Bolsista pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Mestre em Administração de Empresas pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS); Especialização em Gestão da Segurança da Informação pela Universidade de São Paulo - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN/USP); Professor dos programas de Pós-Graduação MBA/MIS/MIT em Tecnologia da Informação e Gestão de Projetos da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS); Especialista em Segurança da Informação com foco na gestão de Riscos e implantação de projetos estratégicos na Empresa Itaú Unibanco.

Marco Antonio Pinheiro da Silveira , Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Pos doutorado em Administração de Empresas pela FEA-USP (2005), doutorado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (2002), mestrado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas - SP (1997), Coordenador da Comissão de Periódicos da USCS. Foi editor do periódico Gestão & Regionalidade durante 9 anos e Coordenador do Programa de Iniciação Científica durante o mesmo período. Foi Gestor do Programa de Pos Graduação em Administração (PPGA-USCS) entre agosto/2014 e dezembro/2015. Desenvolve pesquisas na área de Redes de Negócios, Gestão de Conhecimento e Tecnologia de Informação.

Carla Bonato Marcolin, Universidade Federal de Uberlândia

Doutora e mestre em Administração pela UFRGS, com período sanduíche na Oxofrd Brookes University em Oxford/Reino Unido. Realizou estágio pós-doutoral na FGV, e atualmente é professora da Faculdade de Gestão e Negócios (FAGEN) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Coordenadora do LiA², Laboratório de Inteligência Artificial Aplicada (lia2.com.br). Pesquisadora na área de IA e especialista em técnicas de analytics e processamento de linguagem natural"

Edson Keyso de Miranda Kubo, Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Pós-Doutorando em Relações Internacionais pela San Tiago Dantas (UNESP-UNICAMP-PUC/SP); Doutor em Administração pela Fundação Getulio Vargas Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP); Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2; Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração-Mestrado e Doutorado (PPGA) da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS).

Referências

Agile. (2001). Manifesto for Agile Software Development. Recuperado de http://agilemanifesto.org

Alliance, A. (2015). What is agile software development. Recuperado de https://www.agilealliance.org

BCB. (2021). Relatório de Economia Bancária. https://www.bcb.gov.br/content/publicacoes/relatorioeconomiabancaria/reb_2021.pdf

Bianchi, M. J. (2017). Ferramenta para configuração de modelos híbridos de gerenciamento de projetos (Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Carlos). DOI https://doi.org/10.11606/D.18.2017.tde-25092017-142303

Camargo, R. (2019). Metodologia ágil garante mais entrega de valor ao seu cliente. Recuperado de https://robsoncamargo.com.br/blog/o-que-e-metodologia-agil

Cleland, D. L., & Ireland, L. R. (2007). Gerenciamento de projetos (2ª ed.). São Paulo: LTC.

Dias, K. R. S., & Larieira, L. C. C. (2021). Método híbrido de gestão do escopo de projetos de TIC: estudo de caso em uma empresa brasileira. Brazilian Journal of Development, 7(8), 75984-76014. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n8-021

Dilger, T., Ploder, C., Haas, W., Schöttle, P., & Bernstein, R. (2020). Continuous Planning and Forecasting Framework (CPFF) for Agile Project Management: Overcoming the. In: Proceedings of the 21st Annual Conference on Information Technology Education, 371-377. DOI: https://doi.org/10.1145/3368308.3415398

Eder, S., Conforto, E. C., Amaral, D. C., & Silva, S. L. (2015). Diferenciando as abordagens tradicional e ágil de gerenciamento de projetos. Production, 25(3), 482–497. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-65132014005000021

Esteca, A. M. N., Fernandes, J. P., Silva Júnior, H. M., & Anunciação, R. (2015). Personal Software Process: Uma visão geral sobre o processo e o seu impacto na indústria de software. Perspectivas em Ciências Tecnológicas, 4(4), 34-45.

Febraban. (2021). Pesquisa Febraban de tecnologia bancária. Portal Febraban. São Paulo, SP: Febraban.

Fernández-Parra, K., Garrido, A., Ramínez, Y., & Perdomo, I. (2015). PMBOK y PRINCE 2 similitudes y diferencias. Revista Científica, 23(3), 111-123. DOI: https://doi.org/10.14483/udistrital.jour.RC.2015.23.a9

Friósi, J. F., Carraro, N. C., Albuqueruqe, A. F., & Yokoyama, N. (2017). Análise exploratória da inovação bancária brasileira e as tendências para o setor. Revista Gestão Empresarial, 1(1), 47-57. Recuperado de https://periodicos.ufms.br/index.php/disclo/article/view/5225

Ganatra, A. (2011). Amadurecendo o Gerenciamento de Projetos com a utilização de uma Metodologia. Biblioteca Virtual PMI. Project Management Institute. Recuperado de https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1864239/mod_resource/content/0/Amadurecendo%20o%20gerenciamento%20de%20projetos_Aula%2023%2008.pdf

Hoogenraad, W. (2018). Diferenças importantes entre a metodologia Agile e Waterfall. Recuperado de https://pt.itpedia.nl/2018/09/19/10-belangrijke-verschillen-tussen-agile-en-waterfall-methodology/

Humphrey, W. (2005). PSP: A Self-Improvement Process for Software Engineers (1st ed.). Reading MA: Addison-Wesley.

Kerzner, H. (2020). Gestão de Projetos: as melhores práticas. Porto Alegre: Bookman.

Kusters, R. J., Leur, Y., Rutten, W., & Trienekens, J. (2017). When agile meets waterfall-investigating risks and problems on the interface between agile and traditional software development in a hybrid development organization. In: International Conference on Enterprise Information Systems, 271-278. DOI: https://doi.org/10.5220/0006292502710278

Lalévée, A., Troussier, N., Blanco, É., & Berlioz, M. (2020). The interest of an evolution of value management methodology in complex technical projects for improving project management. Procedia CIRP, 90, 411-415. DOI: https://doi.org/10.1016/j.procir.2020.01.108

Lei, H., Ganjeizadeh, F., Jayachandran, P. K., & Ozcan, P. (2017). A statistical analysis of the effects of Scrum and Kanban on software development projects. Robotics and Computer-Integrated Manufacturing, 43, 59–67. DOI: https://doi.org/10.1016/j.rcim.2015.12.001

Lima, M. H. O. (2018). Principais barreiras e potencialidades de adoção de abordagens híbridas no gerenciamento de projetos: um estudo exploratório. Porto Alegre: UFRGS.

Menezes, L. C. M. (2018). Gestão de projetos (4th ed.). Barueri: Atlas.

Meyer, B. (2014). The ugly, the hype and the good: an assessment of the agile approach. In Agile! The Good, the Hype and the Ugly, 149-154.

Nakigudde, S. (2019). Project Management Models and Software Development Project Success. Master of Science in Information Systems. Makerere University. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/334736531_Project_Management_Models_and_Software_Development_Project_Success. DOI:10.13140/RG.2.2.36203.08482

O’Regan, G. (2017). Concise Guide to Software Engineering: from fundamentals to application methods. Cham, Suiça: Springer. DOI https://doi.org/10.1007/978-3-319-57750-0

PM Survey. (2013). Estudo de benchmarking em gerenciamento de Projetos. Recuperado de https://pmipe.org.br/site/noticia/visualizar/id/27/PM-SURVEY---Resultados-da-edicao-2013

PMI. (2017). Um guia de conhecimento em gerenciamento de projetos, Guia PMBOK (6th ed.). Newtown Square, PA: Project Management Institute.

Pressman, R. S. (2011). Engenharia de software: uma abordagem profissional (7ª ed.). Porto Alegre: AMGH.

Prikladnicki, R., Willi, R., & Milani, F. (2014). Métodos ágeis para o desenvolvimento de software. Porto Alegre: Bookman.

Qureshi, M. R. J., & Bajaber, F. (2016). Comparison of agile process models to conclude the effectiveness for industrial software projects. Cell, 966(1), 536474921.

Royce, W. W. (1970). Managing the Development of Large Software Systems. In IEEE WESCON (Reprinted in Proceedings Ninth International Conference on Software Engineering.) (pp. 328–339).

Schwaber, K., & Sutherland, J. (2020). The scrum guide: the definitive guide to scrum: the rules of the game. California: Creative Commons. Recuperado de https://scrumguides.org/docs/scrumguide/v2020/2020-Scrum-Guide-US.pdf

Severo, L. S. (2014). Fatores críticos de sucesso na adoção de métodos ágeis [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. Porto Alegre.

Silva, E. C., & Lovato, L. A. (2016). Framework Scrum: eficiência em projetos de software. Revista de Gestão e Projetos - GeP, 7(2), 1-5. DOI: 10.5585/gep.v7i2.330

Silva, R. F., & Melo, F. C. L. (2016). Modelos híbridos de gestão de projetos como estratégia na condução de soluções em cenários dinâmicos e competitivos. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, 12(3).

Simply Tecnologia. (2021, 20 de outubro). Leis e regulamentações do mercado bancário. Recuperado de https://blog.simply.com.br/regulamentacoes-do-mercado-bancario/

Soares, G. F. (2013). Gestão de riscos operacionais e controles internos: o caso de uma instituição bancária (Trabalho de Conclusão de Curso, Bacharelado em Administração, Ciências Contábeis e Economia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia).

Sommerville, I. (2011). Engenharia de Software (9ª ed.). São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Sousa, J. C. A. (2018). Estudo comparativo das metodologias ágeis e PMBOK (Dissertação de mestrado, Mestrado em Sistemas e Tecnologias de Informação para as Organizações, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Viseu, Viseu). Recuperado de http://hdl.handle.net/10400.19/4880

Sousa, R. N., & Almeida, G. (2020). Abordagem Híbrida na Gestão de Projetos de Tecnologia e Automatização de Processos. Boletim do Gerenciamento, 19(19), 20–32. Recuperado de https://nppg.org.br/revistas/boletimdogerenciamento/article/view/470

Spundak, M. (2014). Mixed Agile/Traditional Project Management Methodology – Reality or Illusion? Procedia - Social and Behavioral Sciences, 119, 939–948. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.sbspro.2014.03.105

The Standish Group. (2015). Standish Group 2015 Chaos Report. Recuperado de https://www.infoq.com/articles/standish-chaos-2015

Downloads

Publicado

2024-12-09

Como Citar

Gonçalves, A., Silveira , M. A. P. da, Marcolin, C. B., & Kubo, E. K. de M. (2024). Metodologias de projetos para atender exigências regulatórias: Um estudo com gerentes de projeto do setor bancário nacional. Revista De Gestão E Projetos, 15(3), 625–650. https://doi.org/10.5585/gep.v15i3.26590

Edição

Seção

Artigos