Memórias de infâncias brincantes na formação para a docência da Educação Infantil
DOI:
https://doi.org/10.5585/43.2023.23845Palavras-chave:
brincar, infância, docência, educação infantile, memóriaResumo
Este artigo tem como propósito refletir sobre memórias de infâncias brincantes como elemento relevante no processo de formação para a docência na Educação Infantil. Parte-se do pressuposto de que a mobilização e constituição de acervos de imagens lúdicas e memórias do brincar aproximam adultos e crianças em suas experiências fundantes de infâncias, e contribuem para a formação da docência. Um conjunto de marcos legais e teóricos sobre o brincar como direito da criança é apresentado neste texto, revelando a convergência das políticas públicas direcionadas à infância no que se refere a este tema, e decorrentes ressonâncias para a formação de professoras e professores da Educação Infantil, fundamentando práticas pedagógicas e suas teorias. A importância do brincar está relacionada com as culturas da infância, constituídas como redes de significados que as crianças tecem por meio da brincadeira e da interação com o mundo. Nessa perspectiva, o texto aborda a dimensão do brincar e da ludicidade como referência para a formação docente em Educação Infantil, retoma noções sobre o brincar e a cultura infantil, indaga acerca do afastamento do adulto contemporâneo da cena da brincadeira, e apresenta excertos de memórias de graduandas de Pedagogia em vivências de rememoração de suas infâncias. Trata-se de um estudo teórico que resulta de um processo investigativo de natureza qualitativa, com abordagem interpretativa e descritiva do tipo narrativo.
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