Cultura Inovadora na Pequena e Média Empresa

Autores

  • Aluisio Broering Mambrini Fundação Instituto de Administração – FIA, São Paulo
  • Seiji Cintho Fundação Instituto de Administração – FIA, São Paulo
  • Erni Dattein Dattein Fundação Instituto de Administração – FIA, São Paulo
  • Jorge Antonio Arias Medina Fundação Instituto de Administração – FIA, São Paulo
  • Emerson Antonio Maccari Universidade Nove de Julho - Uninove, São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5585/gep.v2i1.34

Palavras-chave:

Inovação, Empreendedorismo, Competitividade, Pequena e Média Empresa.

Resumo

Nas últimas duas décadas a inovação tem se mostrado um dos principais motores do crescimento econômico. A inovação está intimamente relacionada com criar valor e gerar riquezas por meio do atendimento bem sucedido às necessidades do consumidor. Dessa forma, ela não está necessariamente restrita à utilização de novos conhecimentos obtidos pela pesquisa, mas sim, ao desenvolvimento de novos produtos ou serviços que são obtidos com a utilização criativa de conhecimentos, novos ou já conhecidos. Esse trabalho teve como objetivo identificar as práticas gerenciais que promovem a cultura inovadora em pequenas e médias empresas e analisar como elas contribuem para a capacidade de inovação dessas empresas. O método de pesquisa foi o estudo de casos múltiplos com seis empresas de pequeno e médio porte que possuíam pelo menos um caso de inovação relevante em sua história. Os principais resultados apontam que entre as práticas se destacam: a) atuação em nichos altamente especializados e foco profundo nas necessidades do cliente; b) forte investimento e incorporação de novos conhecimentos fora da empresa (inovação aberta); c) rapidez e agilidade na absorção e implantação de novos conhecimentos e tecnologias; d) retenção de colaboradores; e) atuação como integradora conjugando diversos conhecimentos e tecnologias; f) gestão da informação dos conhecimentos adquiridos pela empresa; g) pouca preocupação em patentear a tecnologia; h) flexibilidade e comunicação informal, fluida e aberta entre os colaboradores da empresa o que promove a agilidade na gestão; e i) a gestão de parcerias em toda a cadeia de valor, incluindo as áreas funcionais.

DOI:10.5585/gep.v2i1.34

Biografias Autor

Aluisio Broering Mambrini, Fundação Instituto de Administração – FIA, São Paulo

Graduado em Publicidade & Propaganda pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/RS, Porto Alegre, RS Pós-graduação em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing – ESPM, São Paulo, SP MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, São Paulo, SP MBA Executivo Internacional pela Fundação Instituto de Administração – FIA, São Paulo, SP.

Seiji Cintho, Fundação Instituto de Administração – FIA, São Paulo

Engenheiro Eletricista pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – Poli/USP. MBA Executivo Internacional pela Fundação Instituto de Administração – FIA, São Paulo.

Erni Dattein Dattein, Fundação Instituto de Administração – FIA, São Paulo

Administrador pela UFSM-RS; Mestre em Administração de Empresas pela FGV-SP; MBA Executivo Internacional pela Fundação Instituto de Administração – FIA, São Paulo.

Jorge Antonio Arias Medina, Fundação Instituto de Administração – FIA, São Paulo

Engenheiro de Execução em Metalurgia pela Universidad de Santiago de Chile, Santiago, Chile Engenheiro Civil Industrial pela Unidersidad de Atacama, Atacama, Chile MBA Executivo Internacional pela Fundação Instituto de Administração – FIA, São Paulo.

Emerson Antonio Maccari, Universidade Nove de Julho - Uninove, São Paulo

Doutor em Administração pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo - PPGA/FEA USP, com estágio Doutoral na University of Massachusetts, em Amherst, MA, EUA Professor do Mestrado Profissional em Administração – Disciplina Gestão de Projetos, na Universidade Nove de Julho - Uninove, São Paulo.



Referências

Albagli, H. L. S. (1999). Informação e globalização na era do conhecimento. Rio de Janeiro: Campus.

Banco Nacional do Desenvolvimento. (2002, setembro 11). BNDES altera classificação de porte de empresas. Recuperado em 20 setembro, 2009, de http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/noticia.php?area=1&noticia=4732.

Barbieri, J. C. (2007). Organizações inovadoras sustentáveis. In J. C. Barbieri, & M. A. Simantob. Uma reflexão sobre o futuro das organizações. São Paulo: Atlas.

Barbieri, J. C. e Álvares, A. C. T. (2003). Inovações nas organizações empresariais. In Barbieri, J. C. (Ed.). Organizações inovadoras: estudos e casos brasileiros. Rio de Janeiro: FGV.

Centro de Gestão e Estudos Estratégicos e Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Coordenadores). (2009). Os novos instrumentos de apoio à inovação: uma avaliação inicial. Brasília: CGEE/ANPEI.

Chesbrough, H. (2003). Open Innovation – the new imperative for creating and profiting from technology. Boston, MA, USA: Harward Business School Press.

Christensen, J. F.; Olesen M.; H.; and Kjær J. S. (2005, December). The industrial dynamics of open innovation: evidence from the transformation of consumer electronics. Research Policy, 34(10), 1533-1549.

http://dx.doi.org/10.1016/j.respol.2005.07.002

Cunha, N. C. V. (2005). As práticas gerenciais e suas contribuições para a capacidade de inovação em empresas inovadoras. Tese de doutorado, Administração, Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Drucker, P. F. (1974). A era da descontinuidade. Rio de Janeiro: Zahar.

Drucker, P. F. (1989). As fronteiras da administração. São Paulo: Pioneira.

Fagerberg, J. and Verspagen, B. (2002, December). Technology-gaps, innovation-diffusion and transformation: an evolutionary interpretation’. Research Policy, 31(8-9), 1291-1304.

http://dx.doi.org/10.1016/S0048-7333(02)00064-1

Goldsmith, R. (2009, abril 27). Inovação salta de produtos a serviços e modelos de negócios. Jornal Gazeta Mercantil, p. C6.

Hargadon, A. and Sutton, R. (2000, May/June). Building an innovation factory. Harvard Business Review, pp. 157-166.

Hesselbein, F.; Goldsmith, M.; and Somerville, I. (eds.) (2002). Leading for innovation. San Francisco, CA, USA: Jossey Bass.

Knox, S. (2002). The boardroom agenda: developing the innovative organization. Corporate Governance, 2(1), 27-36.

http://dx.doi.org/10.1108/14720700210418698

Kupfer, D. (2008, junho 25). Descobrindo a pólvora mais uma vez! Valor Econômico.

Loures, R. (2008, julho 10). Produtividade, competitividade e inovação. Gazeta Mercantil, Caderno A, p. 3.

Manual de Oslo. (1992). Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. (1a ed.). Paris: OCDE – Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento.

Manual de Oslo. (1997). Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. (2a ed.). Paris: OCDE – Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento.

Manual de Oslo. (2005). Diretrizes para coleta e interpretação de dados sobre inovação. (3a ed.). Paris: OCDE – Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento.

Neely, A. and Hil, J. (1998). Innovation and business performance: a literature review. Government Office of the Eastern Region. Cambridge: University of Cambridge.

Pesquisa de Inovação Tecnológica. (2005). Pesquisa industrial de inovação tecnológica. Rio de Janeiro: IBGE.

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. (2006). Critérios de classificação de empresas – ME – EPP. Recuperado em 20 setembro, 2009, de http://www.sebrae-sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=4154.

Schumpeter, J. A. (1939). Business cycles. New York: McGraw-Hill.

Schumpeter, J. A. (1975). Creative destruction. From capitalism, socialism and democracy. New York: Harper. [orig. pub. 1942].

Silva, E. G. (2004). Mudança estrutural e crescimento económico. Uma questão esquecida? Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, XV, 123-140.

Wind, J. Y. e Main, J. (2002). Provocar mudanças: como as melhores empresas estão se preparando para o século XXI. Rio de Janeiro: Qualitymark.

Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: planejamento e métodos (3a ed.). Porto Alegre: Bookman.

Publicado

2011-06-29

Como Citar

Mambrini, A. B., Cintho, S., Dattein, E. D., Arias Medina, J. A., & Maccari, E. A. (2011). Cultura Inovadora na Pequena e Média Empresa. Revista De Gestão E Projetos, 2(1), 26–51. https://doi.org/10.5585/gep.v2i1.34

Edição

Secção

Artigos