Análise da interferência antrópica na qualidade das águas superficiais da Bacia Hidrográfica do Rio Cotia (SP)
DOI:
https://doi.org/10.5585/2024.23004Palavras-chave:
indicador, poluição hídrica, saneamento básico, geoprocessamentoResumo
Objetivo: Avaliar sazonalmente a qualidade da água da Bacia Hidrográfica do Rio Cotia (BHRC) pelo do Índice da Qualidade da Água (IQA) entre 2002 a 2018, correlacionando-a com as classes de uso e ocupação da terra existentes nesta bacia.
Metodologia: Foram utilizados os dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), de 2002 a 2018 em cinco áreas de contribuição (ACs) da BHRC (P1 a P5), calculando-se o IQA para o período seco e chuvoso. Foi calculado o Índice de Transformação Antrópica (ITA) e este foi relacionado com o IQA por meio da correlação de Pearson.
Originalidade/Relevância: Utilizar os dados de uma bacia hidrográfica monitorada para determinar, a partir de uma série histórica, a qualidade da água em função da quantificação dos efeitos deletérios da ação antrópica.
Resultados: O IQA médio da BHRC foi classificado como Regular para ambos os períodos analisados, com distinção entre as ACs, de forma que o P5, correspondente à Reserva Florestal do Morro Grande (RFMG), possui qualidade Ótima, enquanto as que possuem áreas antropizadas apresentaram IQA variando entre Regular e Ruim. O ITA qualificou a bacia como de degradação média e a RFMG como de degradação fraca, contudo as ACs antropizadas alternaram entre degradação média e forte. A correlação linear entre o ITA e o IQA confirmou que as classes antropizadas de uso da terra influenciam de forma contrária na qualidade da água, sendo corroborada pelos valores dos parâmetros Oxigênio Dissolvido (OD), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e Fósforo Total (FT) que ficaram fora dos limites estabelecidos pela Resolução 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
Contribuições: O estudo evidenciou que o comportamento da qualidade da água na BHRC atua de forma heterogênea em função das ACs, revelando que as áreas mais antropizadas da bacia influenciaram negativamente na qualidade da água, servindo de suporte no âmbito da gestão dos recursos hídricos.
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