O protagonismo dos jovens secundaristas na ocupação da Escola Israel Pinheiro
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n70.25477Palavras-chave:
autogestão, jovens secundaristas, formação históricaResumo
O presente artigo aborda a temática do protagonismo dos jovens no contexto da ocupação das escolas públicas no ano de 2016. A pesquisa tem o objetivo de analisar as contribuições da experiência das ocupações secundaristas, como forma de luta para formação histórica e cidadã crítica dos jovens estudantes do ensino médio. O cenário da pesquisa foi a Escola Estadual Israel Pinheiro, localizada na cidade de Ituiutaba, no estado de Minas Gerais, no Brasil, ocupada pelos estudantes, como forma de protestos contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC/55), a Medida Provisória (MP/746) e o projeto Escola Sem Partido (ESP). Foi realizado um estudo de abordagem qualitativa, sob a perspectiva etnográfica da pesquisa em Educação. Recorreu-se à observação, a produção de notas de campo e a entrevistas com jovens, que ocuparam a escola. Concluiu-se que a experiência contribuiu para a formação histórica e cidadã crítica no processo de vivência com questões sobre as políticas públicas da educação, a autonomia para realização de atividades e a autogestão escolar estabelecida pelos jovens, que ocuparam as escolas. Visou-se, com esta pesquisa, compreender o lugar que os jovens ocuparam não apenas nas escolas, mas no exercício da cidadania e na luta pelo direito a uma educação pública de qualidade.
Downloads
Referências
ABRAMO, Helena Wendel; BRANCO, Pedro Paulo Martoni. Retratos da juventude brasileira: análises de uma pesquisa nacional. Rio de Janeiro: Fundação Perseu Abramo, 2005.
BENJAMIN, Walter. Experiência e pobreza. In: BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte política. 5. ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.
BOM MEIHY, José Carlos Sebe. Manual de história oral. São Paulo: Loyola, 2002.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A pergunta a várias mãos: do número ao nome, do caso à pessoa, da solidão à partilha. São Paulo: Cortez, 2003, p. 31-66.
BRASIL, Secretaria Nacional da Juventude. Estatuto da Juventude: atos internacionais e normas correlatas. Brasília: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2013.
BRENNER, Ana Karina; DAYRELL, Juarez; CARRANO, Paulo. Juventude brasileira: culturas do lazer e do tempo livre. In: Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Um olhar sobre o jovem no Brasil - Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2008, p. 29-44. 218 p.
CERRI, Luís Fernando. Ensino de história e consciência histórica: implicações didáticas de uma discussão contemporânea. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011.
CORRÊA, Darcísio. Estado, cidadania e espaço público: as contradições da trajetória humana. Ijuí: Unijuí, 2010.
GONZÁLEZ REY, Fernando Luis. Pesquisa qualitativa e subjetividade: os processos de construção da informação. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.
MEIHY, José Carlos Sebe Bom. Manual de história oral. São Paulo: Loyola, 2002.
RÜSEN, Jörn. História viva - teoria da história: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2010.
RÜSEN, Jörn. Razão Histórica - teoria da história: fundamentos da ciência da história. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2001.
SPOSITO, Marília Pontes (Org.). Espaços públicos e tempos juvenis: um estudo de ações do poder público em cidades de regiões metropolitanas brasileiras. São Paulo: Global, 2007.
YOUNG, Michael. Para que servem as escolas? Educação & Sociedade, [s.l.], v. 28, n. 101, p.1287-1302, dez. 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2024 Astrogildo Fernandes da Silva Júnior, Franciele Amaral Rodrigues dos Santos

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0.
- Resumo 84
- pdf (Português (Brasil)) 62