Processo de transformação ágil em uma empresa brasileira de Telecom

Marcelo Luiz do Amaral Gonçalves; Ricardo Antônio Câmara da Silva; Eduardo André Cândido Silva; Renato Penha

doi:10.5585/gep.v12i1.17801

Autores

Marcelo Luiz do Amaral Gonçalves Universidade Nove de Julho - UNINOVE https://orcid.org/0000-0001-9278-2852
Ricardo Antônio Câmara da Silva Universidade Nove de Julho - UNINOVE https://orcid.org/0000-0002-7233-2384
Eduardo André Cândido Silva Universidade Nove de Julho - UNINOVE https://orcid.org/0000-0002-6408-7286
Renato Penha Universidade Nove de Julho - UNINOVE https://orcid.org/0000-0002-1431-2860

DOI:

https://doi.org/10.5585/gep.v12i1.17801

Palavras-chave:

Transformação ágil, Gerenciamento ágil de projetos, Gerenciamento tradicional de projetos, Gerenciamento híbrido de projetos, Frameworks híbridos.

Resumo

O objetivo deste artigo é identificar os processos de gerenciamento aplicados nos projetos, os obstáculos e os facilitadores da adoção dos métodos ágeis no contexto de transformação digital em uma empresa brasileira de Telecom. A empresa decidiu mudar seu modelo de gerenciamento de projetos para se adequar às necessidades de mercado, adotando um framework de gerenciamento e ferramentas ágeis. A unidade analisada foi o departamento de infraestrutura de TI. Os dados foram coletados por meio de pesquisa documental, entrevistas e observação participante. Os resultados evidenciaram o estágio de transição entre o modelo tradicional e o modelo ágil, caracterizando-se como uma gestão híbrida de projetos. Os processos da fase de execução, com entregas particionadas, adequam-se às práticas e métricas ágeis. Nas demais fases ainda se aplica o modelo tradicional, vinculado a processos obrigatórios e a exigências de documentação. Foram identificados fatores facilitadores e barreiras ao processo de transformação ágil. Verificou-se que o framework híbrido de gestão de projetos adotado é aderente ao Modelo-V, descrito na literatura. Embora limitado a uma área específica de uma empresa. O estudo contribui com o conhecimento sobre a convivência de abordagens gerenciais na transformação ágil e como fonte de lições aprendidas para outras empresas.

Biografia do Autor

Marcelo Luiz do Amaral Gonçalves, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Doutorando em Gestão de Projetos na Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Ricardo Antônio Câmara da Silva, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Doutorando em Gestão de Projetos na Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Eduardo André Cândido Silva, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Mestrando em Gestão de Projetos na Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Renato Penha, Universidade Nove de Julho - UNINOVE

Doutor em Administração e Mestre em Gestão de Projetos pela Universidade Nove de Julho - Uninove. Possui graduação em Tecnologia em Processamento de Dados, Pós-Graduação em Administração em Banco de Dados e MBA em Gestão da Tecnologia da Informação. Gestor de Sistemas da Informação para o Mercado Financeiro e Telecomunicações. Parte do Corpo Docente da Universidade Nove de Julho.

Referências

Adelakun, O., Garcia, R., Tabaka, T., & Ismail, R. (2017). Hybrid project management: Agile with discipline. International Conference on Information Resources Management (CONF-IRM). Association For Information Systems

Aguanno, K. (2005). Managing agile projects. Canadá: Multi-Media Publications Inc, 415.

Amaral, D. C., Conforto, E. C., Benassi, J. L. G., & Araujo, C. D. (2011). Gerenciamento ágil de projetos: aplicação em produtos inovadores. São Paulo: Saraiva, 240.

Augustine, S. (2005). Managing agile projects. USA: Prentice Hall PTR.

Babenko, V., Lomovskykh, L., Oriekhova, A., Korchynska, L., Krutko, M., & Koniaieva, Y. (2019). Features of methods and models in risk management of IT projects. Periodicals of Engineering and Natural Sciences, 7(2), 629-636. http://dx.doi.org/10.21533/pen.v7i2.558.g330

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: edições, 70, 225.

Beck, K., Cunningham, W., Hunt, A., Martin, R., Thomas, D., Beedle, M., & Sutherland, J. (2001). Manifesto ágil. Manifesto para Desenvolvimento Ágil de Software. Retrieved from http://manifestoagil. com. br/

Bianchi, M. J. (2017). Ferramenta para configuração de modelos híbridos de gerenciamento de projetos. Master's Dissertation, Escola de Engenharia de São Carlos, University of São Paulo, São Carlos. doi:10.11606/D.18.2017.tde-25092017-142303. Retrieved 2020-12-16, from www.teses.usp.br

https://doi.org/10.11606/D.18.2017.tde-25092017-142303

Boehm, B. (2002). Get ready for agile methods, with care. Computer, 35(1), 64–69.

https://doi.org/10.1109/2.976920

Boehm, B., & Turner, R. (2003). Using risk to balance agile and plan-driven methods. Computer, 36(6), 57–66. https://doi.org/10.1109/MC.2003.1204376

Burman, E. (2015). Agile in action: Hybrid methodologies in practice. Retrieved from

https://www.diva-portal.org/smash/get/diva2:849591/FULLTEXT01.pdf

Cegarra-Navarro, J.-G., Soto-Acosta, P., & Wensley, A. K. (2016). Structured knowledge processes and firm performance: The role of organizational agility. Journal of Business Research, 69(5), 1544–1549. https://doi.org/10.1016/j.jbusres.2015.10.014

Chin, G. (2004). Agile project management: How to succeed in the face of changing project requirements. New York, NY: Amacom.

Conforto, E. C., Salum, F., Amaral, D. C., Da Silva, S. L., & De Almeida, L. F. M. (2014). Can agile project management be adopted by industries other than software development? Project Management Journal, 45(3), 21–34. https://doi.org/10.1002/pmj

Cram, W. A., & Marabelli, M. (2018). Have your cake and eat it too? Simultaneously pursuing the knowledge-sharing benefits of agile and traditional development approaches. Information and Management, 55(3), 322–339.

Creswell, J. W., & Poth, C. N. (2016). Qualitative inquiry and research design: Choosing among five approaches. Sage publications.

Da Silva, A. B., Godoy, C. P. V., Godoi, C. K., Balsini, C., De Freitas, H. M. R., Macke, J., … Boeira, S. L. (2017). Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais. São Paulo: Saraiva.

DeCarlo, D. (2010). Extreme project management: Using leadership, principles, and tools to deliver value in the face of volatility. USA: John Wiley & Sons.

Dikert, K., Paasivaara, M., & Lassenius, C. (2016). Challenges and success factors for large-scale agile transformations: A systematic literature review. Journal of Systems and Software, 119, 87–108.

https://doi.org/10.1016/j.jss.2016.06.013

Dyba, T., & Dingsoyr, T. (2009). What do we know about agile software development? IEEE Software, 26(5), 6–9.

Eder, S., Conforto, E. C., Amaral, D. C., & Silva, S. L. da. (2015). Diferenciando as abordagens tradicional e ágil de gerenciamento de projetos. Production, 25(3), 482–497.

Fernandez, D. J., & Fernandez, J. D. (2008). Agile project management—Agilism versus traditional approaches. Journal of Computer Information Systems, 49(2), 10–17.

Flick, U. (2014). An introduction to qualitative research. California: Sage Publications Inc.

Gandomani, T. J., & Nafchi, M. Z. (2015). An empirically-developed framework for Agile transition and adoption: A Grounded Theory approach. Journal of Systems and Software, 107, 204–219.

https://doi.org/10.1016/j.jss.2015.06.006

Gill, A. Q., Henderson-Sellers, B., & Niazi, M. (2018). Scaling for agility: A reference model for hybrid traditional-agile software development methodologies. Information Systems Frontiers, 20(2), 315–341. https://doi.org/10.1007/s10796-016-9672-8

Gurd, B., & Ifandoudas, P. (2014). Moving towards agility: the contribution of a modified balanced scorecard system. Measuring Business Excellence, 18(2), 1-13. https://doi.org/10.1108/MBE-10-2012-0052

Hayata, T., & Han, J. (2011). A hybrid model for IT project with Scrum. Proceedings of 2011 IEEE International Conference on Service Operations, Logistics and Informatics, 285–290. IEEE.

https://doi.org/10.1109/SOLI.2011.5986572

Howard, W. R. (2010). Agile Project Management: Creating Innovative Products, Kybernetes, 39(1), 155-155. https://doi.org/10.1108/03684921011021336.

Hoda, R., & Noble, J. (2017). Becoming agile: A grounded theory of agile transitions in practice. 2017 IEEE/ACM 39th International Conference on Software Engineering (ICSE), 141–151. IEEE.

https://doi.org/10.1109/ICSE.2017.21

Kusters, R. J., van de Leur, Y., Rutten, W. G., & Trienekens, J. J. (2017, April). When agile meets waterfall-investigating risks and problems on the interface between agile and traditional software development in a hybrid development organization. In International Conference on Enterprise Information Systems (Vol. 2, pp. 271-278). SCITEPRESS.

https://doi.org/10.5220/0006292502710278

Kvale, S. (2008). Doing Interviews. USA: SAGE Publications Inc.

Leffingwell, D. (2011). Agile software requirements: Lean requirements practices for teams, programs, and the enterprise. USA: Addison-Wesley Professional.

Meirinhos, M., & Osório, A. (2016). O estudo de caso como estratégia de investigação em educação. EduSer-Revista de educação, 2(2). http://dx.doi.org/10.34620/ed

Moe, N. B., & Dingsøyr, T. (2017). Emerging research themes and updated research agenda for large-scale agile development: A summary of the 5th international workshop at XP2017. Proceedings of the XP2017 Scientific Workshops, 1–4. https://doi.org/10.1145/3120459.3120474

Nerur, S., Mahapatra, R., & Mangalaraj, G. (2005). Challenges of migrating to agile methodologies. Communications of the ACM, 48(5), 72–78.

Paterek, P. (2018). Agile Transformation Framework in Software Project Organization. ICMLG 2018: 6th International Conference on Management, Leadership and Governance, 258–267.

Patton, M. Q. (2005). Qualitative research. Encyclopedia of statistics in behavioral science.

https://doi.org/10.1002/0470013192.bsa514

Ponelis, S. R. (2015). Using interpretive qualitative case studies for exploratory research in doctoral studies: A case of information systems research in small and medium enterprises. International Journal of Doctoral Studies, 10, 535–550.

Pressman, R., & Maxim, B. (2016). Engenharia de Software-8a Edição. McGraw Hill Brasil.

Qu, S. Q., & Dumay, J. (2011). The qualitative research interview. Qualitative Research in Accounting and Management, 8(3), 238–264. https://doi.org/10.1108/11766091111162070

Rahmanian, M. (2014). A Comparative Study on Hybrid IT Project Managment Using Traditional Project Management and Agile Approach. International Journal of Computer and Information Technology, 03(05), 1096–1099.

Ravichandran, T. (2018). Exploring the relationships between IT competence, innovation capacity and organizational agility. The Journal of Strategic Information Systems, 27(1), 22–42.

Shenhar, A. (2015). What is strategic project leadership?. Open Economics and Management Journal, 2(1). https://doi.org/10.2174/2352630001502010029

Shenhar, A. J., & Dvir, D. (2010). Reinventando gerenciamento de projetos: a abordagem diamante ao crescimento e inovação bem-sucedidos. São Paulo: M. Books.

Silva, F. B., Bianchi, M. J., & Amaral, D. C. (2019). Evaluating combined project management models: Strategies for agile and plan-driven integration. Product: Management and Development, 17(1), 15–30. http://dx.doi.org/10.4322/pmd.2019.003

Sweetman, R., & Conboy, K. (2018). Portfolios of Agile Projects: A Complex Adaptive Systems’ Agent Perspective. Project Management Journal, 49(6), 18–38. https://doi.org/10.1177/8756972818802712

Vinekar, V., Slinkman, C. W., & Nerur, S. (2006). Can agile and traditional systems development approaches coexist? An ambidextrous view. Information Systems Management, 23(3), 31–42.

Wysocki, R. K. (2019). Effective project management: Traditional, agile, extreme. John Wiley & Sons.

Yin, R. K. (2015). Estudo de Caso: Planejamento e métodos. São Paulo: Bookman.