Dinâmica da cobertura florestal nativa na bacia hidrográfica do Rio Guandu, Espírito Santo, Brasil

Jocimar Caiafa Milagre; Lucas José Mendes; Vicente Toledo Machado de Morais Junior

doi:10.5585/2024.24448

Autores

Jocimar Caiafa Milagre Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – IFES / Nova Venécia, ES https://orcid.org/0000-0002-2555-4806
Lucas José Mendes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – IFES / Nova Venécia, ES https://orcid.org/0000-0002-0446-2259
Vicente Toledo Machado de Morais Junior Universidade Federal de Viçosa – UFV / Viçosa, MG https://orcid.org/0000-0001-5227-1951

DOI:

https://doi.org/10.5585/2024.24448

Palavras-chave:

Mata Atlântica, Recursos Hídricos, Restauração Florestal, Recuperação, Ecologia da Paisagem

Resumo

Objetivo: Avaliar a dinâmica temporal da cobertura florestal nativa da bacia hidrográfica do Rio Guandu (GRHB) entre os anos de 1985 e 2020 por meio do uso de métricas de ecologia da paisagem.

Metodologia: Foi utilizado o uso e ocupação do solo do projeto MapBiomas nos anos de 1985 e 2020. Os fragmentos de floresta nativa foram classificados de acordo com seu tamanho em C1 (< 5 ha), C2 (5-25 ha), C3 (25,1-50 ha) e C4 (> 50 ha). O cálculo das métricas de ecologia da paisagem foi realizado a partir da extensão V-Late 2.0 no ArcGIS^®️.

Originalidade/Relevância: O estudo da dinâmica temporal da cobertura florestal de bacias hidrográficas é primordial na definição de ações estratégicas de conservação e restauração florestal visando a proteção dos recursos hídricos.

Resultados: A cobertura florestal nativa da GRHB aumentou aproximadamente 12%, com acréscimo no número e área média dos fragmentos. No geral, os remanescentes florestais ficaram mais próximos entre si e com maior densidade de borda. Foi verificado elevado número de fragmentos pequenos (< 5 ha) e os maiores fragmentos (> 50 ha) foram os principais responsáveis pela ampliação da cobertura florestal nativa da bacia.

Contribuições sociais/para a gestão: As ações de restauração florestal na GRHB devem priorizar a conectividade de fragmentos menores. Além de apoiar projetos de restauração florestal, os resultados auxiliam na aplicação de metodologias para implementação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos, contribuindo para definir práticas e políticas de uso sustentável da água.

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Biografia do Autor

Jocimar Caiafa Milagre, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – IFES / Nova Venécia, ES

Doutorando em Engenharia Florestal na Universidade Federal de Santa Maria e integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Recuperação de Áreas Degradadas (NEPRADE/UFSM). Engenheiro Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (2015), com período sanduíche na Universidade de Lisboa (2012-2013), e mestre em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (2023). É especialista em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal do Espírito Santo (2021) e licenciado em Ciências Biológicas (2022) pela mesma instituição. Atuou no setor florestal nas áreas de Pesquisa e Operações Florestais nas empresas Klabin S/A, Fibria S/A e Suzano S/A (2014-2019). Trabalhou como professor de Agricultura em assentamentos rurais (2020-2021) e se envolveu em trabalhos voluntários no Brasil e Canadá.

Lucas José Mendes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – IFES / Nova Venécia, ES

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria. Engenheiro Florestal pela Universidade Federal do Espírito Santo (2019), especialista em Gestão Ambiental pelo Instituto Federal do Espírito Santo (2021) e mestre em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (2023). Atuou como gerente de projetos no Consórcio Público Rio Guandu nas áreas de Recuperação e Licenciamento Ambiental (2020-2021). Foi estagiário na área de Meio Ambiente Florestal nas empresas Suzano S/A (2019) e Fibria S/A (2018). Foi membro cofundador da empresa júnior Floema Jr. - Consultoria Florestal UFES (2015-2017). É membro do grupo de pesquisa do CNPq "Ciclagem de nutrientes em florestas nativas e plantações comerciais". Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Ecologia Aplicada, Geoprocessamento e Restauração Ecológica.

Vicente Toledo Machado de Morais Junior, Universidade Federal de Viçosa – UFV / Viçosa, MG

É engenheiro florestal, mestre e doutor em Ciência Florestal pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Atualmente é membro técnico da empresa Brandt Meio Ambiente, onde atua como Analista Sênior em projetos de licenciamento ambiental. Foi membro da Comissão técnico-científica do Programa Carbono Zero, onde foi responsável pela gestão das áreas de plantios de neutralização de carbono do Programa e sensibilização de produtores rurais para a temática das Mudanças Climáticas. Participou de bancas de defesa de monografia na UFV e bancas de defesa de trabalho final de curso no IFES. Orientou estudantes de graduação na UFV e de pós-graduação no Instituto Federal do Espírito Santo (IFES) e Instituto Federal do Acre (IFAC).

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