STUDY ON THE SUSTAINABLE INDICATORS AND RESEARCH METHODOLOGY IN THE CONTEXT OF THE SUSTAINABLE DEVELOPMENT RESERVE OF TUPÉ, AMAZONAS - BRAZIL
DOI:
https://doi.org/10.5585/geas.v8i3.15756Palavras-chave:
Métodos de Pesquisa, Indicadores de Sustentabilidade, Sustentabilidade, Sinais de Pertença, Reserva de Desenvolvimento Sustentável.Resumo
Este estudo tem como objetivo propor indicadores de sustentabilidade pautados nas dimensões ambiental, espacial, cultural, social e econômica e validar uma metodologia de pesquisa no contexto de Reserva de Desenvolvimento Sustentável. A principal motivação para o desenvolvimento da pesquisa é a necessidade de estabelecimento de indicadores de sustentabilidade para compreender os motivos de deslocamento populacional em comunidades de Reserva de Desenvolvimento Sustentável, considerando-se a necessidade de ações orientadas ao desenvolvimento mais sustentável dessas populações. A metodologia de pesquisa proposta é do tipo “qualitativa, longitudinal e estudo ecológico”, utilizando técnicas de observação direta e aplicação de questionário semiestruturado entre os anos de 2009, 2010, 2013, 2014 e 2018. Os indicadores e a metodologia foram aplicados em duas comunidades ribeirinhas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, localizadas em Manaus, Amazonas, Brasil. Essa metodologia pode ser utilizada para a identificação de sinais de pertença, motivação do deslocamento populacional, solução de pontos críticos e formulação de Políticas Públicas. Permite analisar os indicadores de sustentabilidade parcialmente num determinado período ou na verificação da evolução do índice de sustentabilidade ao longo do tempo. A metodologia proposta permitiu evidenciar que, no período estudado, houve um esvaziamento das unidades de habitação na ordem de 23,5% na Comunidade São João do Tupé e um crescimento de 24% na Comunidade Agrovila. As condições de trabalho e renda e a deterioração das condições de permanência impactam no desejo de deslocamento populacional. Entretanto, os laços socioculturais, vínculos psicossociais e biografias historicamente entrelaçadas com o lugar (sinais de pertencimento), pesam nas decisões individuais de partir ou ficar.
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