Internacionalização da educação superior nos marcos da integração regional da América Latina: o caso da Universidade Federal da Integração Latino-Americana
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n42.6867Palavras-chave:
Educação Superior. Geopolítica do Conhecimento. Internacionalização. Mercosul. Política Externa. Unila.Resumo
Especialmente a partir da emergência dos processos de integração de mercados (globalização) e de culturas (mundialização), que marca a ordem econômica e política mundial do pós-guerra, os esforços de comunidades acadêmicas, formuladores de políticas públicas e governos nacionais dos países latino-americanos se conjugam na direção de reconfigurar seus sistemas e políticas de educação superior com base em uma palavra-força: internacionalização. Nesse cenário, apresenta-se uma dialética que tende a confrontar (não, necessariamente, a contrapor) demandas locais/nacionais históricas de inclusão e profissionalização da cidadania, por definição referida ao Estado-Nação, aos imperativos de uma geopolítica do conhecimento comandada pelos centros dinâmicos do capitalismo contemporâneo que, por sua vez, se pauta num modelo definido (e prestigiado) de educação superior, as world class universities, conforme critérios apontados e mensurados por rankings internacionais, caracterizando, assim, um processo de transnacionalização, mais que de internacionalização. Neste trabalho, identificamos as modalidades mais clássica de internacionalização historicamente adotadas pelos sistemas e políticas de educação superior da América Latina, para em seguida analisar a resposta institucional oferecida aos requisitos de internacionalização com a recente implantação de uma universidade federal brasileira: a Universidade da Integração Latino-Americana (Unila), destacando sua forte relação com a política externa brasileira de integração regional para o território abrangido pelo Mercosul. Defendemos o entendimento de que a Unila se orienta por concepções institucionais, curriculares e epistemológicas alternativas aos modelos hegemônicos e que representa, potencialmente, uma visão de política de educação superior que busca uma outra configuração para a geopolítica do conhecimento no espaço latino-americano. O trabalho apresenta análises preliminares das pesquisas (bibliográfica, documental e de campo) realizadas no âmbito do projeto “Observatório da Universidade Popular do Brasil”, desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Uninove (PPGE-Uninove) sob fomento da Capes.
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