O debate educacional na segunda década do século XXI: mais do mesmo?
DOI:
https://doi.org/10.5585/eccos.n68.24334Palavras-chave:
Educação, política, epistemologia.Resumo
É uma tendência de certos setores da pesquisa em educação, muitos até progressistas, estimularem novas práticas, reconhecer a diversidade e as dinâmicas culturais, investir na mudança para sanar a crise da educação para que, assim, finalmente, possamos criar uma escola para o século XXI. Quando lemos “Educação 2021: para uma história do futuro”, de Nóvoa (2009), não nos deparamos com esse mesmo sonho? Percebe-se que as propostas para o futuro e um novo amanhã para a escola devem ser construídos, mas sempre mediados pelo horizonte onírico liberal. Perguntamos-nos se é possível organizar essas propostas em uma forma de organização social capitalista que está intrinsecamente preocupada em formar sujeitos na lógica de mercado. Assim, o objetivo deste texto é dialogar com as tendências educacionais existentes e as propostas por Nóvoa (2009), problematizá-las, além de compará-las, de maneira breve, com os acontecimentos e resultados, a partir da segunda década do século XXI, sob a perspectiva do autor.
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